Além de muro, ministério promete câmeras para presídio federal

Unidade penal situada em Campo Grande ganhará novos equipamentos no 2º semestre, afirma André Garcia

| GUSTAVO BONOTTO E MARISTELA BRUNETTO / CAMPO GRANDE NEWS


Policial penal acompanha movimentações em bloco de presídio. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Ministério da Justiça vai instalar cerca de 10 mil câmeras nas cinco unidades prisionais sob responsabilidade da União, informou o secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, durante entrevista à imprensa nesta quinta-feira (28). Entre as iniciativas para reforçar a segurança, o titular da pasta citou a construção de uma muralha no Presídio Federal de Campo Grande.

Embora já anunciada por meio de licitação, Garcia disse a CBN que a obra '[...] ainda não há prazo estabelecido, mas que os equipamentos, assim como as novas adequações, serão distribuídas aos estados até o fim do 2º semestre'.

Conforme noticiado, foi aberta licitação para obra parecida, mas de construção de “supermuro' entre duas alas do Presídio Federal. Orçado em R$ 724,9 mil, o projeto foi desenhado para dividir os setores e criar condições para que duas turmas pudessem aproveitar o banho de sol no mesmo horário.

Segundo o gestor, o ministério fez uma avaliação dos procedimentos adotados para criar um reforço - além de algumas alterações, como a nomeação de novos policiais penais.

'Mesmo estando de fora do sistema, assumi a quarenta dias, sempre encarei o sistema penal como um ativo, hígido e seguro. Uma fuga não pode definir uma história de mais de 20 anos', disse Garcia ao se referir a fuga de dois presos no Presídio Federal de Mossoró (RN).

A ação na região Norte revelou várias deficiências no sistema. Um dos pontos foi a falha no monitoramento. Os presos escaparam do bloco penal sem serem vistos, porque as câmeras não têm sensores que captam movimento. Por isso, a promessa é de modernizar esses equipamentos.

A unidade de Campo Grande foi inaugurada há 18 anos, e nunca registrou fuga. Com 208 vagas, já abrigou Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar e narcotraficante Juan Carlo Abadia. Hoje, um dos internos é Adélio Bispo, preso por tentar matar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

Também estão aqui, dois acusados dos assassinatos do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira e suspeitos de comandar ataques no Rio Grande do Norte, que ocorreram em março de 2023.

Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News no WhatsApp e siga nossas redes sociais.



PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE