Família cobra prisão de militar de Dourados que matou rapaz em Bonito

| INFORMATIVOMS / DOURADOS INFORMA


Familiares e amigos de Thiago durante o protesto neste sábado. (Foto: Campo Grande News)

Na noite deste sábado (7), familiares e amigos de Thiago dos Santos Freitas, vítima de homicídio aos 34 anos, protestaram em frente à Igreja Perpétuo Socorro, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, após a missa de 7º dia. O pedido foi de justiça e prisão do homem apontado como responsável pelo crime, após uma briga em Bonito, na madrugada de 1º de janeiro.

A revolta dos familiares é pelo homem ter sido liberado depois de se apresentar na delegacia e ser indiciado pelo homicídio, já que não estava mais em situação de flagrante. Ele apresentou a arma de 9 milímetros usada no crime, que foi apreendida, assim como as munições.

O crime foi praticado pelo militar da reserva do Exército Lucio Dias da Silva, 57, residente no Parque Alvorada, em Dourados. Lucio se apresentou na Polícia Civil em Dourados, onde foi ouvido e liberado.

A mãe de Thiago, Cristina Corrêa, acredita que o inquérito não se trata de “homicídio simples', como foi registrado, tampouco que haja alegação de legítima defesa. “Ele atirou para tentar matar o meu filho, por um motivo torpe, alegando que meu filho causou a atitude dele. Meu filho não causou a atitude dele e minha revolta é essa, ele querendo justificar o injustificável.'

Não justifica a atitude dele de ter atirado duas vezes contra a cabeça do meu filho. Ele se diz pessoa de bem, mas estava no meio de uma comemoração com uma arma de tal potência', afirmou a mãe de Thiago.

O empresário Kleyton Grance, de 39 anos, amigo da vítima, relata o “momento bem delicado e triste' que a família e amigos têm vivido. Ele descreve Thiago, que era gerente do Chiquinho Lanches, na Vila Jacy, como uma pessoa que foi querida por todos que o conheceram, um amigo da comunidade. “Infelizmente, foi ceifada a vida dele. A gente leva como caso de execução. O protesto foi organizado por amigos e família, o pai, mãe e esposa organizaram.'

'Fizemos um grupo com em torno de 300 a 400 pessoas comunicando sobre o protesto pacífico. Paramos ali por alguns minutos. A gente não quer que esse crime fique impune. Quem conheceu o Thiago sabe a pessoa sensacional que ele foi. A história está muito mal contada e queremos que seja feita justiça, a vida do Thiago não volta mais.'

O caso

As advogadas do acusado, Thaisa Noronha e Rafaela Valente Sott, afirmaram que ele agiu em legítima defesa e em proteção ao seu neto de cinco anos, e que responderá em liberdade, “uma vez que está colaborando com a investigação, possui residência fixa e emprego lícito, bem como nunca se envolveu em qualquer delito'.

Thiago estava em férias com a família durante o Ano Novo quando se afastou do grupo para ir buscar uma caminhonete. Conforme informações do delegado responsável, Daniel Pirró Cerzósimo, ele realizou uma manobra perigosa que incomodou o suspeito.

O homem seguia a pé com os familiares pela Rua 24 de Fevereiro, no Centro de Bonito, quando começou a discutir com Thiago. O motorista desceu do automóvel para conversar com o grupo, mas retornou para o veículo e andou alguns metros. No entanto, parou em uma esquina e desceu novamente da caminhonete, voltando para discutir com o grupo.

Foi quando o suspeito atirou duas vezes contra a cabeça de Thiago. Ele foi encontrado já sem vida deitado ao lado do veículo. Thiago deixou a esposa e dois filhos, um de 10 e outro de 6 anos. Ele foi velado na tarde do dia 1º de janeiro, em Campo Grande, onde morava com a família. (Campo Grande News e Redação)



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