Polícia
Maior traficante de cocaína da Bolívia é extraditado para o Brasil
Escoltado por policiais bolivianos ele foi entregue para a Polícia Federal e para homens da Força Nacional e levado para a sede da Polícia Federal na região central de Corumbá. Ainda este final de semana, Montenegro deve ser transferido para uma penitenciária federal
| INFORMATIVOMS / ANTONIO COCA
Foi entregue no início da tarde desta sexta-feira, 29 de novembro, o narcotraficante boliviano Pedro Montenegro à Polícia brasileira. Um dos mais procurados no país vizinho e se entregou à polícia da Bolívia no dia 11 de maio, após vários dias de buscas.
Ele usava o nome falso de Pedro Hoffman Sainz, e além da Bolívia, era procurado também no Brasil onde tem uma condenação por tráfico de drogas.
Sob forte esquema policial ele foi transportado da Penitenciária de Palmasola até o Aeroporto El Trompillo, em Santa Cruz, onde foi embarcando em um helicóptero da Força Aérea Boliviana (FAB), que o trouxe até o Aeroporto Internacional de Corumbá.
A defesa de Montenegro alegou que a extradição dele foi ilegal e que ele deveria primeiro cumprir a penas a que tinha sido condenado na Bolívia e por isso o advogado Abril Góngora, que defende o traficante disse que recorrer a instâncias superiores daquele país.
Segundo o site do Jornal Diário Corumbaense, Montenegro" começou a ser investigado na Bolívia em abril passado, depois que dois ex-chefes de polícia, o ex-comandante da Felcc, Gonzalo Medina, e o ex-capitão Fernando Moreira, se envolveram com um grupo de traficantes de drogas com quem compartilharam vida social e viagens de lazer.
O filho de Medina e o ex-oficial Moreira apareceram posando em uma foto com Pedro Montenegro em Cartagena, Colômbia, durante as festas de carnaval.
O coronel Medina, sendo diretor do Felcc de Santa Cruz, foi acusado de envolvimento na entrega de 40 quilos de cocaína via Panamá, junto com Moreira. Neste caso e em outras acusações, ambos estão em detenção preventiva desde maio de 2019, na Bolívia.
Pedro Montenegro tinha mandado extradição e prisão internacional do Supremo Tribunal Federal desde julho de 2015. As autoridades brasileiras ainda não informaram para será o destino do boliviano.