Após pressão, aulas do Profuncionário começam em junho para servidores da educação da Capital

Em abril, servidores entraram em greve por salários melhores, bem como por incorporação e liberação de benefícios como o curso Profuncionário

| CORREIO DO ESTADO / LéO RIBEIRO, VALESCA CONSOLARO


A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, assinou, nesta segunda-feira (02), o protocolo do Programa Nacional de Formação Inicial em Serviços dos Profissionais da Educação Básica dos Sistemas de Ensino Público (Profuncionário). O benefício foi liberado após reivindicação dos servidores da educação da Capital.  

Conforme informado, ainda não há um dia exato para o início das aulas, mas a previsão é que comecem em junho.  

Segundo a prefeitura, nesta edição, vão participar 640 funcionários da educação não docentes, efetivos.  

O Profuncionário estava inativo desde 2016 na Rede Municipal de Campo Grande, retomado em 2022, após os servidores fazerem greve e reivindicação por melhorias salariais.  

Cada uma das habilitações do Profuncionário é composta por 16 módulos: seis da formação pedagógica e dez da formação específica, além da prática profissional supervisionada, totalizando 1.260 horas.  

Serão oferecidos cursos profissionais técnicos em alimentação escolar, infraestrutura escolar, multimeios didáticos e secretaria escolar.  

O convênio assinado é uma ação conjunta da Secretaria de Estado de Educação e o município de Campo Grande.

Para a prefeita, Adriane Lopes, a ação é importante. “Oferecemos a capacitação dos nossos servidores, de uma forma constante, dando aos nossos servidores a oportunidade de se capacitarem e também de ter melhorias salariais', disse.

Profuncionário  

O Profuncionário é um curso semipresencial e com a oferta de Formação em Serviço, sendo esse o diferencial da proposta em relação a outros programas de formação profissional.  

Conforme divulgado, os cursos serão realizados pela Semed por meio da Superintendência de Gestão das Políticas Educacionais (SUPED) e da Coordenadoria do Centro de Formação para Educação (CEFOR).

Os encontros presenciais acontecem aos sábados, no Centro de Formação Lúdio Coelho, na Semed.

Até o momento atual, há 600 servidores que não conseguiram fazer o curso e não têm o benefício do Profuncionário, o qual agrega 65% a mais em cima do valor bruto salarial.  

O vereador Marcos Tabosa (PDT), que apoiou a greve dos servidores, explicou que bastava apenas autorização da prefeitura.  

“Quem dá o curso é o Estado, a prefeitura só tem que autorizar, é um curso de 1 ano e meio e só depois que vai para a folha de pagamento', pontuou.  

Desse modo, pediram que o curso fosse dado para quem não tinha. Além disso, pediram que o valor do bônus salarial fosse incorporado à aposentadoria de todos que já tivessem o Profuncionário.  

Até o momento, nada foi falado sobre a incorporação ou não.  

Saiba mais  

Em abril, cerca de 2 mil servidores administrativos que atuam na Secretaria Municipal de Educação (Semed) entraram em greve.  

À frente da mobilização estava o vereador e presidente do Sisem, Marcos Tabosa (PDT), parlamentar que não figura na base do prefeito na Câmara Municipal.

Entre os pedidos em comum das categorias estava o aumento, para quase R$ 500, do auxílio-alimentação, bem como a incorporação do Profuncionário.



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