O sábado e o domingo (Dia do Trabalhador) foram agitados nas ruas centrais da Capital, com atos políticos pró e contra ao presidente Jair Bolsonaro (PL). 

No sábado, a Carreata Solidária, conduzida por partidos de esquerda, bradava por “direitos, empregos, democracia e vida'. Ontem, foi a vez dos conservadores irem às ruas por “liberdade, defesa da Constituição e apoio a Bolsonaro', além de atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

Policiais militares que acompanharam as movimentações não divulgaram estimativa de público em nenhum dos eventos e também não registraram episódios de violência.

Entre os políticos, no movimento dos bolsonaristas, aparecem alguns apoiadores do mandatário, um deles o capitão Contar, deputado estadual do PRTB, único pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul a comparecer ao ato.

Eduardo Riedel, o pré-candidato do PSDB, que já afirmou que vai apoiar a reeleição de Bolsonaro, não estava lá. Ele viajou para Maracaju, onde era comemorada a tradicional Festa da Linguíça. À tarde, viria para Campo Grande.

Além de Contar, apoiaram a manifestação os deputados estaduais João Henrique Catan e Coronel David, além do deputado federal dr. Ovando, ambos do PL, partido do presidente.

“Viemos aqui trabalhar pela democracia, o fortalecimento, sem o intervencionismo em nossa Constituição Federal. Viemos dar nosso apoio, nosso empenho ao líder Jair Messias Bolsonaro', afirmou Catan.

O deputado estadual Coronel David participou da manifestação na cidade de Dourados. De lá, postou imagens do ato. Antes, deu recado pelas redes sociais contra o líder nas pesquisas pela sucessão, o ex-presidente Lula, principal rival de Bolsonaro nas eleições de outubro:

“Lula disse que Bolsonaro não gosta de gente, que o Bolsonaro só gosta de policial. Para o Lula, policial não é gente. Deixe eu te falar uma coisa Lula: policial não gosta de ladrão!'. Ontem, contudo, o ex-presidente, em São Paulo, pediu desculpas aos policiais pelo que foi dito no sábado.

Já o deputado Capitão Contar desfilou pelas ruas a bordo de uma motocicleta. “Mais uma manifestação gigante, mostrando a força dos sul-mato-grossenses e de todos os patriotas pelo Brasil em defesa da liberdade, da democracia, da Constituição e em apoio ao presidente Jair Bolsonaro', disse o pré-candidato ao governo.

“Hoje, participei do ato pela liberdade, defesa da Constituição e apoio a Bolsonaro! Me enche de orgulho ver a população campo-grandense, mais uma vez, vestindo verde e amarelo, as cores da nossa bandeira!', afirmou pelas redes sociais, o deputado Luiz Ovando.

Na manifestação, apoiadores do presidente sacolejavam bandeiras com dizeres contrários ao STF, Corte máxima do País, a qual Bolsonaro tem feito críticas diárias.

OUTRO ATO

No sábado, a pré-candidata Gisele Marques (PT) participou de ato político em Corumbá. Ontem, pelo Facebook, deixou um recado a seus seguidores: “Dia 1° de maio, que tal aproveitar o feriado para verificar ‘como’ as pessoas que elegemos estão votando em relação aos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores?'.

No sábado, em Campo Grande, Sueli Veiga, secretária-adjunta de formação sindical da CUT, disse a razão de o evento promovido pelo Dia do Trabalhador ter ocorrido um dia antes da data. 

Ela afirmou que “muitos participantes' da mobilização moram em cidades do interior. “Questão de logística', disse ela, que acrescentou:

“É um dia de luta por mais emprego, trabalho, saúde, educação, moradia e todos os direitos', afirmou a sindicalista.

CARREATA

Participando do carreata pró-Bolsonaro, em Campo Grande, Maria Júlia de 35 anos, disse à reportagem do Correio do Estado que participa sempre de atos como este com seus dois filhos e o marido. Para ela, a manifestação fortalece a democracia e homenageia os trabalhadores do País.

“Estamos aqui pelo povo, pela democracia, unidos por um bem maior, usando as cores da bandeira'.