Prefeita de Campo Grande desiste de proposta de aumento salarial de 67%

| INFORMATIVOMS / DOURADOS AGORA


A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), recuou da proposta que previa reajuste de 67% em seu salário, elevando a remuneração de R$ 21,2 mil para R$ 35.462,27. O projeto, que seria votado nesta terça-feira (15) na Câmara Municipal, foi retirado de pauta após desistência da chefe do Executivo.

O aumento salarial era fruto de um acordo judicial firmado entre a prefeita, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, e previa também impactos para o primeiro escalão da administração municipal, além de categorias como auditores-fiscais, médicos, professores, procuradores e aposentados, devido ao chamado efeito cascata.

Com o reajuste, Adriane se tornaria a sexta prefeita mais bem paga do país. No entanto, durante reunião realizada na segunda-feira (14), a gestora recuou da proposta original, alegando dificuldades financeiras no município. Ela sugeriu, em substituição, a aplicação escalonada do aumento ao longo de três anos — ideia que ainda será discutida com os sindicatos das categorias envolvidas.

Segundo o presidente da Câmara Municipal, vereador Papy (PP), o novo posicionamento da prefeita altera a essência do projeto original, inviabilizando a votação imediata. “O acordo muda com o pedido da prefeita. Mantém o valor, mas dividido em três anos. Eles ainda vão discutir com os sindicatos. Não posso votar algo que não foi alinhado previamente', afirmou.

Papy explicou que, embora tenha assinado o acordo ao receber o projeto na Casa de Leis, agora a negociação passa a ser diretamente entre a prefeitura e os representantes dos servidores. Ainda não há definição sobre o formato do escalonamento proposto.

O reajuste vinha sendo motivo de controvérsia desde o início do ano, quando uma proposta anterior chegou a prever vencimentos de até R$ 41,8 mil para a prefeita. Na época, Adriane alegou inconstitucionalidade e solicitou ao Tribunal de Justiça a suspensão do aumento, que entraria em vigor em fevereiro.

Com a retirada do projeto, o tema segue indefinido e dependerá de novos entendimentos entre o Executivo e os sindicatos.



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