Diniz vê indisciplina "inadmissível" de quarteto do Fluminense: "Que sirva de correção"

Treinador também lamenta baixa de André, que se machucou no empate sem gols com o Cerro Porteño, nesta quinta-feira, pela Libertadores, no Paraguai

| GLOBOESPORTE.COM / REDAçãO DO GE


Fernando Diniz explica afastamento de quarteto do Fluminense: 'Foi algo inadmissível'

Nesta quinta-feira, Cerro Porteño e Fluminense empataram por 0 a 0 na terceira rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores. Em entrevista coletiva, o técnico Fernando Diniz não deu previsão de retorno para John Kennedy, Alexsander, Kauã Elias e Arthur - o quarteto afastado por realização de festa em concentração antes de clássico contra o Vasco. O treinador definiu a indisciplina como "inadmissível".

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- Em relação aos jogadores, foi algo inadmissível, ainda mais nos tempos de hoje. A gente espera que sirva de correção para esses e para outros, para o futebol brasileiro levar mais a sério o futebol profissional. Há muitas famílias envolvidas. A gente tem que trabalhar com respeito e o máximo de empenho para que as coisas aconteçam de maneira correta - disse Diniz.

- Em relação aos garotos, a gente não tem uma previsão. Isso é uma coisa que a gente vem conversando no dia a dia - completou, posteriormente, em entrevista coletiva.

O Fluminense não informou se aplicou multa aos atletas, que iniciaram programa de treinos de forma separada do restante do elenco no CT Carlos Castilho. A tendência é que uma nova reunião sobre o afastamento seja feita quando a diretoria retornar ao Rio de Janeiro, após o jogo contra o Corinthians, no domingo.

O empate no Nueva Olla deu início a uma sequência de jogos do Tricolor fora do Rio. Diniz destacou a necessidade de adaptar o planejamento do elenco a viagens e possíveis baixas. Com possível lesão no joelho, André chorou ao ser substituído e deixou o estádio de muletas nesta quinta-feira.

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- Mais que planejamento, a gente tem pensado muito sobre a sequência de jogos. Você nunca consegue cumprir o planejamento de forma integral. Hoje já teve a baixa do André, e a gente não sabe quanto tempo ele vai ficar afastado, como os jogadores vão reagir. Ontem a gente treinou em um campo todo enlameado por causa da chuva. Fora as viagens, os campos de treinamentos, os jogos - analisou Diniz, acrescentando:

- A gente não sabe como os jogadores vão se comportar para procurar sempre colocar o melhor Fluminense em cada partida. Provavelmente não vamos conseguir fazer o que queremos, mas vamos saber fazer aquilo que precisamos nesses jogos que temos pela frente. A gente espera de fato conseguir atuar bem. Quando achar necessário fazer as mudanças necessárias, vamos fazer.

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Outros tópicos da entrevista de Diniz:

Estado do gramado do Nueva Olla:

- Foi um jogo que um dos principais adversários foi o campo. Parece muito o da Ilha do Retiro da época que eu jogava. Ele parece que está bom, mas é diferente. A grama segura a bola. A gente teve que se adaptar ao campo, ao estilo de arbitragem e ao que o Cerro propunha, que era muito parecido com o que aconteceu contra o Alianza em Lima. Para ter mais chance de fazer o gol, tinha que se arriscar bastante, fazer um jogo mais por dentro para depois usar o lado, e a gente ficaria muito mais vulnerável. A gente soube jogar o jogo, errou pouco, teve poucas chances, e o resultado acabou sendo justo. O time merece ser elogiado, pois cumpriu taticamente sem riscos desnecessários. Resultado que valeu a pena pelas dificuldades que teve no jogo.

Gramados da Neo Química Arena e Beira-Rio:

- O campo do Corinthians é excelente, mas diferente. Tem uma adaptação. Não é um campo fácil. Só é excelente, mas é muito mais rápido, até do que o Beira Rio. Sempre baixinho, muito molhado. Os jogadores erram passes, escorregam, beneficia quem joga sempre que é o Corinthians.

Atuação de Fábio:

- Sobre o Fábio, eu não canso de dizer. Deveria ser mencionado mais vezes. É espetacular, a idade que tem, como se comporta, ajuda as pessoas. Com 43 anos, um símbolo. Infelizmente, não jogou uma Copa do Mundo. Ele merecia pelo menos uma. É um craque. (O Brasil) Sempre teve grandes goleiros, mas ele merecia ter jogado uma Copa. É muito diferente como goleiro. A gente fica honrado de poder trabalhar com um jogador desse nível aqui

Gol anulado de Arias e atuação da arbitragem:

- Quanto ao gol, parece que o VAR anulou bem, não vi a imagem. Não tenho muitas questões. O critério foi para os dois lados, deixou correr, estilo da Libertadores.



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