Artista de Israel se nega a abrir exposição em protesto contra guerra

Ruth Patir condiciona participação à cessar-fogo e liberação de reféns

| CRISPIAN BALMER €� REPóRTER DA REUTERS


© Ruth Patir/LinkedIn

A artista escolhida para representar Israel na prestigiada feira de arte Bienal de Veneza disse, nesta terça-feira (16), que se recusa a abrir o pavilhão nacional até que haja um acordo de cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza.

'Sinto que o tempo para a arte está perdido', escreveu Ruth Patir em uma declaração no Instagram, explicando por que ela e os dois curadores da exposição decidiram abandonar a mostra.

'Se me for dado um palco tão notável, quero fazer com que ele valha a pena', disse ela.

Quase 9 mil pessoas, incluindo artistas e diretores de museus, assinaram um apelo online em fevereiro pedindo que Israel fosse excluído da Bienal e acusando o país de genocídio em Gaza durante sua guerra contra o Hamas.

Israel rejeita qualquer acusação de genocídio e tanto os organizadores da Bienal quanto o governo italiano recusaram a petição, dizendo que era vital que Israel tivesse espaço na exposição.

Apelidada de Olimpíadas do Mundo da Arte, a Bienal é um dos principais eventos do calendário artístico internacional. A edição deste ano, Foreigners Everywhere (Estrangeiros em toda parte), deve receber pavilhões de 90 países entre 20 de abril e 24 de novembro.

Patir, cujo trabalho para Veneza inclui um vídeo de antigas estátuas de fertilidade como um comentário sobre o papel das mulheres, foi escolhida no ano passado para representar Israel por um painel de profissionais de artes nomeado pelo Ministério da Cultura israelense.

A exposição de Israel foi parcialmente financiada pelo governo israelense. O governo israelense não fez nenhum comentário imediato sobre a decisão de Ruth Patir de não participar do evento.



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