Dia da Síndrome de Down reforça o fim dos rótulos

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A Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma condição genética - Crédito: Divulgação TJMS

O Dia Mundial da Síndrome de Down, comemorado nesta quinta-feira, 21 de março, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e incentivar ações que promovam a inclusão de todos na sociedade. A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu para este ano a campanha: ‘Chega de estereótipos, abaixo o capacitismo’, como uma forma de incentivar a inclusão e, ao mesmo tempo, combater o capacitismo, isto é, lutar pelo fim dos rótulos.

A Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma condição genética. A alteração acontece na concepção do bebê, fazendo com que ele nasça com 47 cromossomos presentes no núcleo das suas células, em vez de 46. De acordo com um levantamento do IBGE, há cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down no Brasil. A data escolhida (21/03) representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome.

Segundo a Federação Down (FBASD), estes são alguns exemplos de frases capacitistas para serem evitadas:

“Você tá surdo?” “Claro que eu vi. Não sou cego!” “Fica dando uma de João sem braço”  “Que mancada!”  “Você é retardado?” “Nossa, mas ele nem parece que tem deficiência” “Mesmo sem braços e pernas ele/ela consegue fazer tudo isso” “Você pode namorar mesmo assim?” “Mesmo sendo deficiente, você é bonito.”

A servidora Lívia Filippin Regiori é mãe da Isabela, de quatro anos. Quando estava grávida, descobriu que a filha era portadora da síndrome aos três meses de gestação. Ela relata a rotina com a filha e diz que o preconceito é um dos maiores desafios que os pais têm que lidar.

“De segunda a sábado de manhã me dedico aos cuidados com a Isabela. São várias atividades como natação, terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudióloga. Sabemos que nem todos os pais conseguem oferecer esses recursos, porém o que todos nós enfrentamos é a questão do preconceito. Já ouvi coisas como, por exemplo, sua filha é linda, nem parece ser down. As crianças, muitas vezes, encontram dificuldades para fazerem amigos. Precisamos falar mais sobre essas questões, realizar campanhas de conscientização, como nas escolas, por exemplo. Ou seja, acredito ser necessário abordar mais o assunto e trabalhar a inclusão”, destacou Lívia.

Inclusão no TJMS – A Coordenadoria de Gestão Sustentável e Acessibilidade do TJMS, em parceria com a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, tem previsto a realização de cursos de capacitação para servidores em 2024 tais como: libras, acessibilidade digital, atendimento e acolhimento da pessoa com deficiência e webinário sobre capacitismo e inclusão. As capacitações visam criar um ambiente de trabalho mais acolhedor, igualitário e respeitoso para todas as pessoas, independentemente de suas habilidades ou limitações.

Os cursos também buscam a sensibilização dos colaboradores para as questões relacionadas à diversidade e inclusão, habilitar os participantes a se comunicarem adequadamente com as pessoas com deficiência e aprimorar a comunicação digital do TJMS, promovendo uma cultura organizacional que valorize a igualdade de oportunidades e o respeito à dignidade humana.



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