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Raio-x de pragas: pesquisa vai "scanear" insetos ruins para lavoura de soja
Pesquisadores querem fazer a coleta para o banco de dados na próxima safra em regiões de Mato Grosso do Sul
| DANIELLY ESCHER / CAMPO GRANDE NEWS
Construir um banco de imagens de insetos considerados 'ruins' para o desenvolvimento das lavouras de soja em Mato Grosso do Sul e usá-lo como referência em tempo real no combate às 'pragas'. Este é o objetivo de uma pesquisa que está sendo desenvolvida pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) em parceria com as universidades públicas do Estado e a Fundação MS.
Os pesquisadores vão usar inclusive drones para registrar os insetos que prejudicam o avanço dos grãos. O objetivo é identificá-los, mapear exatamente onde eles estão dentro da plantação e usar defensivos agrícolas direcionados aos pontos onde insetos estão dentro da lavoura. Funcionaria com um tipo de 'escaneamento' para abastecer o banco de dados da pesquisa e depois usar estas informações para um acompanhamento em tempo real.
À frente de um laboratório que desenvolve pesquisas de inteligência artificial, o doutor em engenharia da computação, professor Emerson Pistori, conta que hoje essa identificação é feita em um sistema chamado 'pano de batida' método manual para o manejo estratégico de percevejos. Ele consiste no uso de um pano, geralmente branco, colocado em meio à plantação para identificar insetos.
'Com o mapeamento por inteligência artificial feito por uma equipe multidisciplinar a gente pode fazer isso de forma mais rápida e eficaz', explica o pesquisador do projeto que para ser desenvolvido conta com investimentos da Fundect (Fundação de Apoio do Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).