Pela 2ª vez, despachante de Dourados é investigado por fraude no Detran

Polícia encontrou arsenal na casa de João Ney Pereira da Silva, mas armas têm registro e serão devolvidas

| INFORMATIVOMS / DOURADOS INFORMA


Armas encontradas na casa de despachante levadas para a delegacia, mas serão devolvidas (Foto: Divulgação)

Pela segunda vez em oito meses, o despachante de Dourados João Ney Pereira da Silva foi alvo de mandados judiciais por suspeita de participação no esquema instalado no Detran-MS para documentar o quarto eixo de caminhões. A fraude ocorreu até o ano passado, quando o mecanismo passou a ser autorizado pelo Governo Federal.

Ontem, policiais da 2ª Delegacia de Polícia cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos na casa e no despachante de João Ney. Ele estava viajando.

A ação ocorreu no âmbito da Operação 4º Eixo, conduzida por policiais civis de Ponta Porã. Outras três pessoas são investigadas nessa fase – o despachante de Campo Grande David Cloky Hoffamam Chita, o ex-chefe da agência do Detran-MS em Ponta Porã, Renato de Oliveira Saad, e um servidor de carreira do órgão, cujo nome não foi informado. Flagrado com munições calibre 38 e de fuzil 7,62 em sua casa em Ponta Porã, Renato de Oliveira Saad foi solto ontem à tarde após pagar fiança de oito salários mínimos.

Além de documentos relativos às investigações, os policiais recolheram quatro armas na casa do despachante douradense. Um fuzil 308, duas pistolas 9 milímetros e um revólver calibre 44 foram levados para a delegacia, mas serão devolvidos, porque possuem registro.

Segunda vez

Em novembro do ano passado, João Ney foi preso no âmbito da Operação Resfriamento, que apura crimes semelhantes da operação desta semana. Coordenada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil, a Resfriamento investiga fraudes na agência do Detran-MS em Juti.

Joao Ney e o servidor do Detran Marcel Libert Lopes Cançado ficaram duas semanas presos, mas foram soltos pelo Tribunal de Justiça. O então gerente da agência de Juti, Adriano Passarelli, o empresário Jeferson Cassavara e o filho dele, Jeferson Cassavara Junior, também tiveram as prisões decretadas, mas fugiram até os mandados serem derrubados judicialmente.



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