Troca na Petrobras teve efeito econômico 'ruim', diz ministro Paulo Guedes

Ministro da Economia afirmou que mudança determinada por Bolsonaro na presidência da estatal faz sentido do ponto de vista político e é resposta a revindicações dos caminhoneiros

| INFORMATIVOMS / G1 / LAíS LIS, G1


Divulgação

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (2) que a mudança do presidente da Petrobras foi "ruim" do ponto de vista econômico, mas ressalvou que entende a "lógica política" da decisão do presidente Jair Bolsonaro.

No último dia 19, um dia após criticar a alta nos preços dos combustíveis, Bolsonaro anunciou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para o lugar de Roberto Castello Branco na presidência da Petrobras, escolhido por Guedes. A decisão foi tomada depois de críticas de Jair Bolsonaro à gestão da Petrobras e às sucessivas altas no preço dos combustíveis. O anúncio provocou efeito negativo na bolsa de valores, e o preço das ações da estatal despencou.

Além de anunciar a troca no comando da Petrobras o presidente também zerou, por dois meses, todos os impostos federais incidentes sob o óleo diesel. O decreto que zerou a alíquota do PIS e Cofins foi publicado na segunda-feira.

“É compreensível do ponto de vista político. Do ponto de vista econômico, o efeito foi ruim, essa foi a nossa conversa interna. O presidente sabe o que eu penso, eu sei o que o presidente pensa', afirmou durante entrevista à rádio Jovem Pan.

Guedes disse que a troca foi uma "satisfação" aos caminhoneiros, que se queixam da alta nos preços do diesel e são “eleitores típicos', segundo o ministro, de Bolsonaro.

“Para o público caminhoneiro, que é um público que é associado ao presidente Bolsonaro, são eleitores típicos, fiéis do presidente Bolsonaro, o presidente deu uma satisfação: 'Tirei o cara que disse que não liga para vocês e tirei todos os impostos. Estou eliminando os impostos'", afirmou. Guedes disse que o governo está tentando fazer isso da forma mais correta possível.

Guedes culpou o excesso de estatais pela polêmica com o preço dos combustíveis.

“O governo puxou para si a bomba de controlar o preço. O povo acha que o governo que manda, que é a Petrobras. Isso é um problema político sério', disse. Para o ministro, ter estatal com ações na bolsa é uma anomalia. “Não é tatu nem cobra'.



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