'Ficha ainda não caiu', dizem familiares das quatro vítimas mortas após queda de avião

Parentes da família de Goioerê, no noroeste do Paraná, que morreu após um acidente de avião na terça-feira (29), ainda estão em choque e não conseguem acreditar no aconteceu

| INFORMATIVOMS / GOIONEWS


Valdecy, Luciana, Beatriz e Júlia Cruzeiro eram esperados pela mãe de Luciana e outros integrantes da família em Guaratuba, no litoral do Paraná, onde passariam a virada de ano. No entanto, cerca de uma hora depois da decolagem no aeroporto em Goioerê, o monomotor caiu dentro de um rio em Mato Rico, na região central do estado.

Familiares das vítimas ouvidos pelo G1, e que pediram para não serem identificados, disseram que o casal e as filhas eram exemplos de alegria, tinham muitos amigos e eram queridos por todos. Os pais de Valdecy e Luciana foram pioneiros na cidade e, por isso, o casal conhecia e era conhecido por várias pessoas. Valdecy pilotava a aeronave quando ocorreu o acidente.

Ele tinha mais de 25 anos de experiência e, segundo a família, era responsável pelo aeroporto de Goioerê. No local tinha um hangar onde guardava o próprio avião e também auxiliava outros pilotos que precisavam de ajuda, seja para solucionar alguma questão mecânica ou até para receber aeronaves que não poderiam seguir até o destino final por causa do mau tempo. “Valdecy era apaixonado por aviação, cuidava e comandava o aeroporto.

Era um piloto muito cauteloso. Essa rota até a praia ele fazia direto porque eles tinham uma casa em Guaratuba”, afirmou o familiar das vítimas. Valdecy e Luciana gerenciavam juntos uma empresa de materiais de construção, a filha mais velha, Beatriz, tinha um consultório odontológico e a menina mais nova, Júlia, estava prestando vestibular para odontologia.

Sem previsão de liberação dos corpos pelo Instituto Médico-Legal (IML) em Guarapuava, não há data para a realização do velório e sepultamento. Quando ocorrer a liberação, o velório deve ser realizado no Ginásio 10 de Agosto, em Goioerê.

Perícia Os corpos das quatro vítimas chegaram ao IML de Guarapuava por volta das 23h de terça-feira (29), 15 horas depois do acidente. A demora ocorreu porque, segundo a Policia Científica, peritos especializados em identificação de vítimas de desastres foram chamados para ajudar.

Uma perita que atua em Curitiba e um perito da Polícia Federal de São Paulo dão suporte na identificação das vítimas e ajudam na confecção do laudo sobre as causas das mortes. Por meio de nota, a Polícia Científica explicou que identificação pode ser feita pelas impressões digitais, ou por um exame da arcada dentária, se as vítimas tiverem prontuário odontológico.

Em um último caso, a identificação deve ser feita por exames de DNA. “Além da papiloscopia e da odontologia, que são exames mais céleres que os demais, não há um prazo específico para os que os resultados fiquem prontos, visto que o tempo da elaboração de cada laudo de identificação humana varia de acordo com a complexidade do caso”, encerrou a nota da Polícia Científica. (Fonte: G1)



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