Para deputados, impasse entre Brasil e Europa não afeta agronegócio de MS

Parlamentares comentaram sobre o tensionamento durante a sessão desta terça-feira (27)

| CAMPO GRANDE NEWS / JONES MáRIO E LEONARDO ROCHA


Deputados durante sessão no plenário da Assembleia Legislativa (Foto: Leonardo Rocha)

Parte dos deputados estaduais acredita que o agronegócio sul-mato-grossense não deve sentir os reflexos do tensionamento nas relações diplomáticas entre Brasil e países da União Europeia – ainda mais inflado após recusa da ajuda de US$ 20 milhões (R$ 83 milhões) para combate às queimadas na Amazônia. Os parlamentares comentaram sobre o impasse durante a sessão desta terça-feira (27) da Assembleia.

Lidio Lopes (Patriota) aponta que o problema é político e que “os países precisam também respeitar o Brasil'. “Muitos já desmataram suas florestas, e agora querem exigir que o Brasil não desmate a Amazônia. Não acredito que essa questão vai ter efeitos comerciais. Nossos produtos são de qualidade e têm bom preço no mercado', disparou.

João Henrique Catan (PL) crê que o impasse deve ser resolvido com diplomacia. “Não acredito que haverá problemas comerciais ou influência negativa no nosso agronegócio', destacou.

Evander Vendramini (PP) afirmou que os países da Europa dependem dos produtos exportados pelo Estado. “Entendo que a questão comercial não vai ser afetada, porque se trata de questão política, que vai ser debatida nessa esfera'.

O deputado Carlos Alberto David (PSL) associa a tensão entre Brasil e União Europeia à criação de uma narrativa para prejudicar o presidente Jair Bolsonaro. “Diferente do que estão dizendo, o governo já tomou atitudes contra as queimadas', avaliou.

Já Pedro Kemp (PT) ressalta que a União demorou muito para reagir aos incêndios florestais. “[Bolsonaro] só ficou falando bobagem e, ainda assim, está recusando ajuda financeira'.

Por outro lado, Felipe Orro (PSDB) admite “risco da questão se agravar e seguir para o campo comercial. “Espero que não cheguemos a esse nível, porque pode trazer prejuízos', disse.

Balança - A Europa é uma das principais clientes de Mato Grosso do Sul. Segundo dados do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, países do Velho Continente responderam por aproximadamente 10% do que o Estado exportou entre janeiro e julho deste ano, atrás apenas de China, com 45%.



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