Para Gerson, clamor popular pela duplicação da BR-163 não pode ser ignorado pela ANTT

| INFORMATIVOMS / ALMS - FLAVIO PAES   FOTO: WAGNER GUIMARãES


Presidente da ALEMS,Gerson Claro,abertura da audiência pública

A primeira audiência pública sobre a relicitação da BR-163, realizada na Assembleia Legislativa, revelou que a duplicação de todo o traçado dos 700 km da rodovia onde não foi feita a segunda pista, é uma demanda consensual de todo sociedade sul-mato-grossense, junto com a implantação de um novo contorno rodoviário em Campo Grande.

"Há um  clamor popular por estas obras estruturais que a ANTT não poderá deixar de fora do planejamento de investimento previsto no edital para ser executado ao longo dos 30 anos da nova concessão", comenta o presidente da  Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro.  

Em Mato Grosso do Sul a BR- 163 se estende por 847 km, desde a divisa com Mato Grosso até Mundo Novo. Em 9 anos de concessão, só 147 km foram duplicados.

Pela proposta apresentada para consulta pública, referente à Rota Norte, a empresa que assumir a concessão será obrigada a duplicar só  63 km, menos de 17% do trajeto entre Campo Grande e o Rio Correntes, em Sonora, divisa de Mato Grosso do Sul com Mato Grosso.

Gerson Claro  diz que  o sentimento da população foi expresso nas manifestações unânimes de prefeitos, técnicos e representantes dos segmentos sociais dos  8 municípios que ficam no traçado da Rota Pantanal  (trecho  Campo Grande/Sonora) os dirigentes da  Agência Nacional de Transporte Terrestre tiveram a dimensão exata das expectativas da sociedade sul-mato-grossense sobre os investimentos que julga indispensáveis para tornar mais seguro o tráfego no principal eixo rodoviário do Estado.

Na sexta-feira está programada uma nova audiência sobre a relicitação, desta vez em Brasília , em formato híbrido ( com participação presencial e por vídeo), contará com uma delegação de deputados estaduais que terá  a incumbência de ratificar as propostas apresentadas na Assembleia .

A audiência desta terça-feira teve  na abertura a presença do governador Eduardo Riedel. Ele  incumbiu o secretário de Infraestrutura e Logística , Hélio de Peluffo, de entregar ao presidente da ANTT,  documento com as contribuições do Governo ao plano de investimento que a empresa vencedora da licitação teria  de executar na Rota Norte.

Três das cinco ações propostas são para Campo Grande: pavimentação do acesso do bairro Moreninhas ao anel viário, pela Rua Projetada; pavimentação do acesso às Moreninhas ao anel viário, pela Rua Copaíba, entre a saída de Dourados e a MS-040; e a construção de um viaduto de acesso à Chácara dos Poderes, no cruzamento do anel viário com a Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo.

O projeto será custeado pela construtora responsável por um condomínio em implantação no bairro. Os dois outros pontos são para cidades do interior: implantação de interseção em dois níveis e vias marginais à BR-163, em Jaraguari; e pavimentação do acesso à MS-245, em Bandeirantes. Uma sexta reivindicação foi abordada durante a audiência. “A adequação viária do trevo do núcleo industrial norte de Campo Grande, que é uma região que passa por uma grande expansão empresarial, com instalação de novas indústrias e geração de emprego”, explicou Peluffo.

Autoritarismo Alguns  prefeitos da região como os de Bandeirantes Coxim  e Jaraguari  reclamaram da postura autoritária da CCR MS Via, atual concessionária no relacionamento com os municípios, ao ponto de impedir a instalação de um simples totem informativo ou de boas vindas,  mesmo em trechos  no perímetro urbano das cidades ou levar até 90 dias para autorizar que as administrações municipais limpem as  margens da rodovia, manutenção de responsabilidade da concessionária .

O deputado federal Beto Pereira, que representou a bancada federal na audiência, citou o caso de Jaraguari, onde há muito tempo a gestão municipal,tenta o aval da CCR Vias para construir uma nova travessia urbana em parceria com o Estado. No mesmo município  uma indústria está isolada da rodovia . A mesma dificuldade enfrentam produtores de Bandeirantes para levar a  soja e o milho aos armazéns das cooperativas em que são associadas.

Em Campo Grande para a empresa liberar a instalação de um de um semáforo que regulasse o fluxo de veículos e a travessia de pedestres perto do Conjunto Habitacional Maria Aparecida Pedrossian. O diretor geral da ANTT, Rafael Vitale, acompanhado de técnicos da agência reguladora, apresentou novo conceito de concessão  para os próximos 30 anos.

Estão previstos R$ 4,3 bilhões de investimento , mas só a partir do 3⁰ ano começam as obras estruturais como a duplicação. Em compensação os usuários já vão pagar mais caro pelo pedágio.

Com o custo do pedágio por quilômetro passando de R$ 0,10 ára R$ 0,14, num trajeto até Coxim, o preço 130%, passa de R$ 19,80 para R$ 45,00. Nos primeiros dois anos da concessão serão realizados trabalhos iniciais para eliminar problemas que representam riscos ou desconforto aos usuários.

Do terceiro ao sétimo ano de concessão será feita a recuperação estrutural da rodovia, restabelecendo suas características originais, além de 63 km de duplicações e 84 km de faixas adicionais, 14 passarelas de pedestres e 10 passagens para a fauna local, além de quatro praças de pedágio (Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Jaraguari. O projeto ainda prevê descontos de pedágio para usuários frequentes intermunicipais.



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