Temporários do município estão sem salário até agora; compromisso é pagar dia 15

“Todo ano dá problema. É uma briga pelo pagamento da folha complementar', diz presidente da ACP

| LUCIA MOREL E NATáLIA OLLIVER / CAMPO GRANDE NEWS


achada da sede da Semed, em Campo Grande (Foto: Google Street View)

Professores temporários de Campo Grande enfrentam todos os anos a espera pelo salário, que só é pago quase um mês depois de terem trabalhado todo o mês de fevereiro. “Todo ano dá problema. É uma briga pelo pagamento da folha complementar', diz o presidente da ACP (Sindicato Campo Grandense dos Professores), Gilvano Bronzoni.

Vítima dessa demora, professora relatou a situação ao Campo Grande News e prefere não ter o nome divulgado para evitar problemas. Segundo ela, é uma peleja conseguir ser regularizado como contratado.

“Todo começo de ano ficamos sem salário por não trabalharmos em janeiro, o que até aí está tudo bem. Porém, começamos em fevereiro esperando o salário de março. Damos nosso jeito de ir. Pegamos dinheiro, empréstimos e mais empréstimos de terceiros para sobreviver os 30 dias. E simplesmente, quando chega o dia do pagamento, nossos nomes não estão nem ativos no portal do servidor', revela.

A profissional relata ainda que liga na Semed (Secretaria Municipal de Educação) e é informada que a escola onde trabalha não enviou os dados necessário no prazo certo para efetivá-la. Por sua vez, a escola diz que entregou sim. “E nós ficamos assim: sem respostas e sem nenhum respaldo'.

Emocionada, ela disse que hoje chegou na escola onde dá aulas, chorando. “Hoje fui trabalhar chorando, decepcionada porque como professora afirmo: é um trabalho de amor e doação que fazemos como missão. Compramos materiais do próprio bolso muitas vezes para melhor atender nossos alunos e quando chega o dia de receber e cuidar da nossa família, somos esquecidos', lamenta.

Segundo a professora, também outros profissionais do colégio, também contratados, choraram. “não sei da onde vou tirar dinheiro pra comprar um gás de cozinha', disse, reforçando que “a situação é muito pior quando vemos cogitarem aumento da prefeita enquanto nós lutamos para receber o piso conforme está na lei'.

Conforme Gilvano, da ACP, em reunião na prefeitura hoje cedo, foi garantido que o pagamento dos temporários será feito, sem falta, até dia 15 de março. Mas lembra que se não fosse a pressão sindical, de fato, os pagamentos certamente ficariam para abril.



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