Ex-diretor acusado de corrupção vai continuar usando tornozeleira

| INFORMATIVOMS / DOURADOS INFORMA


 Carlos Eduardo Lhopi Jardim, ex-diretor do presídio de Ponta Porã (Foto: Divulgação)

O policial penal Carlos Eduardo Lhopi Jardim, 41, ex-diretor do presídio de Ponta Porã, vai continuar usando tornozeleira eletrônica. A decisão é da juíza substituta da 2ª Vara Criminal da cidade.

Carlos Jardim e outros quatro policiais penais lotados na Unidade Penal Ricardo Brandão são réus por corrupção e organização criminosa acusados de receber propina para permitir regalias aos presos e até fugas.

Os cinco foram presos no dia 6 de janeiro de 2022 no âmbito da Operação La Catedral, desencadeada pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) para desmantelar o esquema. Naquele dia, Carlos Jardim não estava mais na chefia do presídio, pois tinha sido afastado após duas fugas ocorridas no local.

Jardim saiu da prisão meses depois graças a um habeas corpus, mas passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

Recentemente, a defesa dele pediu a retirada do aparelho alegando que o servidor precisa passar por exame de ressonância magnética. Entretanto, o Tribunal negou o pedido.

“A prisão do requerente foi revogada mediante aplicação de medidas cautelares, dentre elas, o monitoramento eletrônico. Em que pesem os argumentos apresentados pela defesa, não houve alteração das circunstâncias fáticas supramencionadas, não havendo nenhuma razão que justifique a revogação da medida de monitoramento eletrônico', afirma trecho da decisão, publicada hoje (10).

A juíza continua: “a monitoração eletrônica é necessária porque ainda não houve o encerramento da instrução processual, devendo ser mantida pelas mesmas razões que ensejaram sua aplicação, uma vez que conveniente para a instrução criminal'.

No entanto, a magistrada autorizou a retirada do aparelho para realização do exame, “desde que comprovado o agendamento, e sua imediata reinstalação após a feitura do exame'. A juíza mandou informar à Unidade Mista de Monitoramento Virtual Estadual que o prazo do monitoramento eletrônico foi ser prorrogado por mais 180 dias.

Carlos Jardim e os outros policiais são acusados de receber dinheiro para troca de celas, remição de pena, permissão para entrada de bebidas alcoólicas, carne e celulares e até comercialização no interior da unidade penal.



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