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Embratur propõe a criação de zonas estratégicas de segurança pública
A comissão conta com a participação do douradense Rodolfo Nogueira, que ocupa o cargo de gerente internacional de projetos especiais da Embratur
| INFORMATIVOMS / DIáRIO MS
Douradense integra comissão que está elaborando estudo de viabilidade e implantação do projeto no país A Embratur e os ministérios do Turismo e da Justiça e Segurança Pública firmaram um projeto para atuação conjunta, por meio de um Termo de Cooperação Técnica, para a garantia da segurança de turistas estrangeiros em visita ao Brasil. Em reunião realizada na sede da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo, o diretor-presidente Gilson Machado Neto instituiu uma comissão para elaboração de um estudo de viabilidade e implantação do projeto. De acordo com Gilson Machado, neste primeiro momento, o foco é o turista internacional. “No entanto, com o apoio do Ministério do Turismo, o projeto também irá abranger o viajante doméstico [nacional]', informou. Segundo o diretor de Marketing, Inteligência e Comunicação da Embratur, Osvaldo Matos, também deverá ser apresentada ao presidente Jair Bolsonaro um Projeto de Lei que estabeleça um endurecimento de pena para possíveis crimes, os chamados crimes de menor potencial ofensivo como furtos, cometidos no Brasil contra turistas. “Além de prejuízos morais, esse tipo de atitude traz prejuízos enormes para a imagem do nosso país e, consequentemente, prejudicam o desenvolvimento e a economia brasileira', destacou o representante da Embratur. Para o diretor-presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, “a partir do momento em que se reduz a criminalidade em um país, o ambiente para negócios e turismo melhoram consideravelmente'. Segundo ele, a ideia dessa parceria entre os Ministérios é atender a uma preocupação do trade, fortalecendo ainda mais a segurança pública nos destinos turísticos e, consequentemente, trazendo um impacto positivo à imagem do Brasil com a ampliação do fluxo turístico no País. A ideia inicial é estabelecer 15 destinos prioritários, cinco em cada região do país, onde serão implantadas as zonas estratégicas nacionais de segurança turística como projeto-piloto. Além disso, o grupo deverá propor uma visita técnica em destinos internacionais considerados exemplos de segurança ao turismo, como Barcelona, Lisboa e Miami. As zonas estratégicas nacionais de segurança turística deverão receber equipamentos adequados para a proteção e o atendimento ao turista. O objetivo é, em ação conjunta com todos os órgãos de segurança nacional e dos estados, destinar profissionais capacitados, com uniformes diferenciados, e utilizar a tecnologia, como o uso de drones e inteligência artificial para investigação. Representando o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o coronel Ivan Ramos e o coronel Santos Melo, técnicos que compõe a comissão, sugeriram à Embratur um estudo para apresentação de quais destinos turísticos brasileiros deverão receber o aparato. Além disso, eles também apontaram a Operação Vigia como grande facilitadora do trabalho. Feita em conjunto com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) do Mato Grosso, o Ministério deu início, em julho de 2019, à operação integrada que combate aos crimes de fronteira, como contrabando e tráfico de drogas. “Este projeto que estamos desenhando com a Embratur poderá ser um ´braço´ da Operação Vigia', afirmou o coronel Ivan Ramos. A comissão irá se reunir novamente este mês para estruturação e assinatura do Termo de Cooperação Técnica. Os representantes do governo programam a primeira visita ao Centro de Operações Integradas de Brasília, considerado uma referência no monitoramento de segurança pública. DOURADOS NO GRUPO A comissão conta com a participação do douradense Rodolfo Nogueira, que ocupa o cargo de gerente internacional de projetos especiais da Embratur. Ao Diário MS, no final de semana passado, ele disse que já sugeriu a inclusão de pelo menos dois destinos turísticos de MS no projeto. A ideia inicial seria a inclusão de Bonito, mas, por sorte, os índices de criminalidade do mais conhecido atrativo turístico de MS, estão baixos e, portanto, a localidade não se encaixa no projeto. Por outro lado, Nogueira reforçou que está empenhado e trazer para Mato Grosso do Sul ações e investimentos que possam impulsionar a demanda de turistas pelo Estado afora, incluindo aqueles que viajam para eventos.