Arma e munição de guerra apreendidas pela PM podem pertencer a ladrões de bancos

| INFORMATIVOMS / ANTONIO COCA


Foto: Divulgação

Ao contrário do que chegou a ser divulgado em afogadilho por alguns órgãos de comunicação nesta sexta-feira (31), o fuzil calibre 7.62 apreendido durante a Operação Bairro Seguro, desencadeada pelo Comando de Policiamento Metropolitano e comando do 10º BPM, ao ser descoberto não estava sendo apontado para o helicóptero da Polícia Militar e sua tripulação. A arma, munições e demais materiais de guerra, foram descobertos por uma equipe da operação que por volta de 18h30 se deslocava para atender um caso de violência doméstica na região do Bairro Paulo Coelho Machado.

Policiais do Pelotão Aero Rancho atuando na Operação foram deslocados para atender o caso quando em um trilheiro de local ermo, avistaram de longe um indivíduo de estatura mediana, trajando calça escura e camisa de manga comprida, também escura. Os policiais viram que o indivíduo que caminhava apressadamente carregava uma mochila na parte da frente do corpo e estava com algo embrulhado em uma lona preta com formato de arma longa.

Imediatamente a equipe procurou se aproximar para realizar a abordagem, mas o indivíduo fez menção de estar alertando outras pessoas em meio a mata, efetuou gesto de sacar uma arma de fogo, sendo prontamente repelido pelos policiais, mas o elemento adentrou a mata e conseguiu fugir abandonando a mochila e o objeto embrulhado em plástico.

Material de Guerra

Vistoriando o que o indivíduo abandonou, os policiais constataram que o objeto embrulhado na lona era o fuzil 7,62 e na mochila estava grande quantidade de munição para o fuzil e outras armas, carregadores, binóculo e granada tipo rojão para lançamento com morteiro ou fuzil.

De imediato os policiais acionaram as demais equipes envolvidas na Operação Bairro Seguro sendo iniciada ações de buscas e bloqueio na mata e região além do Anel Rodoviário e região com emprego de helicóptero e dezenas de equipes. A Operação se estendeu por toda a noite na tentativa de localizar o fugitivo e comparsas, mas até esta manhã ninguém havia sido localizado.

Buscas

A partir da constatação da arma, munições e equipamentos, os setores de Inteligência da Polícia Militar bem como da Polícia Civil, trabalham para identificar os responsáveis. A principal suspeita é de que os materiais pertençam a quadrilhas de assaltantes, inclusive que atuam no sistema chamado “novo cangaço”, ou bandos que agem no mesmo ramo, roubo a bancos ou facções atualmente se deslocando da região de fronteira para outras áreas em razão das grandes operações de buscas aos fugitivos da Penitenciária de Pedro Juan Caballero.

Zé de Lessa

As polícias levam ainda em conta, as ameaças recentemente proferidas por comparsas do assaltante “Zé de Lesssa” especializado em roubo a carro forte, recentemente morto em confronto com a polícia de MS. Contrariados com a morte do líder e alguns comparsas, membros do bando prometeram em deres sociais que “haveria troco”. O tipo de arma apreendida, era um dos preferidos de Lessa em suas ações.



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