Os corredores do Palácio Jaguaribe vivem clima de expectativa nesta segunda-feira (19). Na sessão ordinária agendada para 18h30 será dada posse a três vereadores afastados pela Justiça, dois por suspeita de corrupção e um condenado por improbidade administrativa. Durante a manhã, a reunião pré-pauta estava esvaziada, com a presença apenas seis dos 19 vereadores. Ao mesmo tempo, três deles, suplentes que deixarão os cargos, encaixotavam seus pertences para desocupar os gabinetes na Câmara de Dourados.

O Dourados News apurou que nenhuma exoneração ou nomeação referente aos legisladores envolvidos nessa dança das cadeiras foi encaminhada ao RH (Recursos Humanos), até agora. No plenário, porém, as placas com nomes dos parlamentares já foram trocadas.

Cirilo Ramão (MDB) e Pedro Pepa (DEM) estavam afastados dos cargos desde 12 de dezembro de 2018, após serem presos sete dias antes durante a Operação Cifra Negra, deflagrada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) contra suposto esquema de fraudes em licitações na Câmara Municipal.

Em 13 de agosto, ambos foram beneficiados por decisão do desembargador Paschoal Carmelo Leandro, presidente do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) que suspendeu o afastamento. De volta ao Legislativo, provocarão a saída dos suplentes Marcelo Mourão (PRP) e Marinisa Mizoguchi (PSB).

Já Braz Melo (PSC) poderá voltar à Casa de Leis graças ao acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que considerou prescrita a pena por improbidade administrativa decorrente de condenação referente ao segundo mandato de prefeito de Dourados, na década de 1990.

Em setembro de 2018 a Mesa Diretora da Câmara chegou a extinguir o mandato que ele conquistou nas eleições de 2016 com 2.107 votos, mas no mês de junho deste ano obteve de volta seus direitos políticos ao ter acolhido recurso no mesmo TRF3.

Ele voltará no lugar de Lia Nogueira (PR), segunda suplente que só assumiu depois da prisão de Denize Portolann (PR), primeira suplente que foi presa em 31 de outubro de 2018 na Operação Pregão, desencadeada pelo MPE para combater suposto esquema de corrupção na Prefeitura de Dourados quando era secretária municipal de Educação.