Análise: Fluminense mostra força ao ser superior ao Palmeiras em empate, mas vê título mais longe

Apesar da distância para o líder seguir igual, agora há uma rodada a menos e sem confronto direto

| GLOBOESPORTE.COM / THIAGO LIMA


Ganso em ação pelo Fluminense contra o Palmeiras — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

O Fluminense tinha dois objetivos claros ao desafiar o poderoso Palmeiras no Maracanã no último sábado: vencer para diminuir a distância do líder do Campeonato Brasileiro para cinco pontos, além de provar sua força contra o melhor time da competição, resgatando a confiança da torcida que se abalou um pouquinho no empate de 2 a 2 com o Corinthians, na semifinal da Copa do Brasil.

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A vitória não veio, mas pode-se dizer que a outra meta foi cumprida: os mais de 45 mil presentes ao Maracanã terminaram o jogo aplaudindo o Tricolor, mesmo após o empate por 1 a 1 (veja os melhores momentos no vídeo abaixo). O Fluminense de Fernando Diniz pegou o atual bicampeão da Copa Libertadores, com sua força máxima e descansado, e mesmo assim conseguiu ser superior na maior parte do tempo. Como os números deixam claro: foram 57% de posse de bola e mais do que o dobro de finalizações, 16 a 7, contra a melhor defesa do campeonato .

Sem contar a bola no travessão de Cano, que estaria impedido e seria anulado pelo VAR, foram cinco chances de gol: uma aos 38 do primeiro tempo, na cabeçada certeira de Manoel, e quatro na etapa final, quando o Flu cresceu de produção e chegou a dar uma blitz no Palmeiras. Aos 12, o time desperdiçou um contra-ataque de três contra um, com Cano, Matheus Martins e Arias; aos 36, Ganso parou na trave; três minutos depois, Nathan apareceu livre na área, mas errou a cabeçada; e aos 48, Willian Bigode teve espaço para chutar de primeira uma sobra de escanteio na área, mas preferiu dominar e permitiu o bloqueio do zagueiro .

Outro ponto a ser valorizado é que o Fluminense também sofreu pouco defensivamente, mesmo enfrentando o melhor ataque do Brasileirão. Foram três chances de gol: uma com Rony, que subiu livre e acertou uma linda bicicleta abrindo o placar com apenas sete minutos de jogo; aos 24, após saída errada de Nino, Rony abriu espaço e bateu, mas Manoel entrou na frente para evitar o gol; e aos quatro do segundo tempo, em uma bola recuada sem querer por André, Raphael Veiga recebeu na área e podia ter servido Rony no meio, mas demorou demais e permitiu a recomposição tricolor.

No contexto geral, Diniz foi bem nas escolhas e na estratégia. Acertou ao entrar com Cristiano de titular para ter uma marcação mais forte do lado em que Dudu ataca. E mostrou mais uma vez coragem nas substituições no segundo tempo, arriscando para tentar ganhar: tirou um zagueiro (Nino) para colocar mais um no meio de campo (Martinelli). Com a mudança na lateral esquerda, o técnico poderia usar mais o Caio Paulista na ponta direita, justamente onde ele mais rendeu no Flu.

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Com Matheus Martins discreto no jogo, talvez Diniz já pudesse ter feito essa troca no intervalo, mas optou por Nathan quando resolveu sacar o garoto, aos 16 do segundo tempo. Contra o Palmeiras, Caio Paulista só foi entrar nos minutos finais, aos 40, mas no lugar de Cristiano, como lateral-esquerdo improvisado. Se estivesse em campo naquele contra-ataque de três contra um no início da etapa final, não dá para saber se faria o gol, mas ele dificilmente perderia na corrida.

Apesar de não ter vencido, o Fluminense sai fortalecido. Contra o melhor do Brasileirão, mostrou que não deve temer ninguém, pelo contrário, os adversários é que têm motivos para temer o Tricolor, assim como temem Palmeiras e Flamengo, por exemplo. No entanto, é preciso admitir que as chances de título diminuíram bastante. Apesar da distância para o líder seguir igual, de oito pontos, agora há uma rodada a menos (restam 14 para disputa) e sem confronto direto. E os paulistas ainda vão enfrentar de três a quatro times que brigam para fugir do rebaixamento dentro do Allianz Parque.

Com 42 pontos, o Fluminense é o vice-líder do Brasileirão, mas pode perder a posição para o Flamengo caso o rival vença o clássico contra o Botafogo neste domingo, no complemento da rodada. Os jogadores tricolores ganharam dois dias de folga e se reapresentarão na terça, no CT Carlos Castilho, para iniciarem a preparação para enfrentar o Athletico-PR no próximo sábado, às 19h (horário de Brasília), na Arena da Baixada.



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