Esportes
Foco é o Palmeiras: como Abel reagiu às críticas de Cuca, Mano e Jorginho
Técnico não planeja rebater publicamente as declarações dos treinadores e quer se concentrar na preparação do time para o jogo contra o Flamengo, domingo, em casa, pelo Brasileirão
| GLOBOESPORTE.COM / THIAGO FERRI
As críticas que técnicos brasileiros fizeram a Abel Ferreira nos últimos dias não devem ter uma resposta pública. O comandante do Palmeiras tem conhecimento das declarações de Cuca, Mano Menezes e Jorginho, mas quer evitar o aumento da polêmica.
O português se orgulha por não ter tido problemas deste tipo com colegas ao longo da carreira e deseja se manter assim.
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O conflito começou após a classificação do Palmeiras para a semifinal da Copa Libertadores em cima do Atlético-MG. Na entrevista coletiva, um jornalista pediu para Abel Ferreira repercutir a declaração de Cuca, dizendo que o treinador do Galo falou em um "ferrolho defensivo" do Verdão após a expulsão de Danilo no primeiro tempo.
– O Cuca é experiente, vai ver que tinha muita gente fora do nosso bloco, e tem que ter gente por dentro para atacar nossa linha. Tinha os pontas, os laterais, os zagueiros por trás, e poucos jogadores dentro do nosso bloco. Isto foi para nós foi mais fácil de controlar – analisou Abel.
A primeira resposta veio do próprio Cuca, domingo, depois da vitória do Atlético-MG sobre o Coritiba, pelo Campeonato Brasileiro:
– Quando você está vencendo, tudo que você faz é perfeito, bonito, maravilhoso. Se você sai para o vestiário e vai escutar música na hora dos pênaltis e ganha, vira moda. E se perdesse? Quando você cai seis vezes no mesmo canto e ganha, é legal. Você lembra o Muralha que caiu seis vezes e perdeu? Quando você tem dois jogadores expulsos não passa nada porque a cabeça é fria, mas não foram cabeça fria, podiam ter quebrado um jogador.
Depois disso, Mano Menezes, comandante do Internacional, citou essa explicação tática de Abel como uma "aula", sem falar no nome do treinador português, e Jorginho voltou a atacá-lo.
O técnico do Atlético-GO já tinha criticado a postura do palmeirense com a arbitragem e agora saiu em defesa de Cuca, também.
– Se um treinador brasileiro fosse para dentro do vestiário escutar música na hora do pênalti, ele seria chamado de covarde. Mas porque ganhou, nada acontece. Está tudo certo – reclamou Jorginho, à ESPN.
Abel não quer ir para a réplica nem dar motivo para confusão com seus adversários. O técnico está preparando a equipe para o duelo contra o Flamengo, domingo, pelo Campeonato Brasileiro.
À frente do Palmeiras desde o fim de 2020, o português já elogiou mais de uma vez os técnicos brasileiros. Telê Santana, inclusive, é uma de suas grandes inspirações.
– Quanto mais tempo passo aqui, mais admiro os treinadores brasileiros pelo fato de muitas vezes eles terem de fazer autênticos milagres, jogam sem tempo para treinar – declarou, no início do mês.
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