Com a demissão do paraguaio Gustavo Morínigo do Coritiba no último domingo, o Brasileirão registrou o menor número de treinadores estrangeiros empregados na atual edição. Atualmente, são apenas cinco gringos nos comandos técnicos de clubes da Série A: António Oliveira (Cuiabá), Luís Castro (Botafogo), Abel Ferreira (Palmeiras), Vítor Pereira (Palmeiras) e Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza).

O início do torneio, porém, foi marcado pelo grande número de técnicos de fora do Brasil. Ao todo, dez comandantes gringos já disputaram o Brasileirão 2022 - o que fez com que a atual edição batesse o recorde de treinadores estrangeiros da era dos pontos corridos. De lá para cá, cinco já foram demitidos. Além de Morínigo, os argentinos Antonio Mohamed (Atlético-MG) e Fabián Bustos (Santos), o uruguaio Alexander Medina (Internacional) e o português Paulo Sousa (Flamengo) já deixaram seus respectivos clubes.

O aproveitamento geral dos treinadores estrangeiros, no entanto, é levemente superior aos brasileiros na atual edição: 46,9% em 166 jogos, contra 44,1% em 274 partidas.

O Espião Estatístico* elaborou um balanço sobre o aproveitamento dos comandantes gringos e brasileiros em cada rodada do Brasileirão. A primeira tabela mostra que a 13ª rodada teve o melhor rendimento para os estrangeiros, com 70,8%, e a 1ª rodada registrou a maior quantidade de treinadores de fora do país. (Veja o levantamento abaixo).

A segunda tabela evidencia uma retomada crescente do espaço pelos treinadores brasileiros ao longo das últimas semanas. Com 14 técnicos a partir da 19ª rodada, o Brasileirão registrou o maior número de clubes com comandantes nascidos no país na atual edição. O maior aproveitamento dos brasileiros aconteceu na 10ª rodada: 58,3%. (Confira abaixo).

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Leonardo Martins, Roberto Maleson e Valmir Storti.