Rebeca Andrade lidera o Brasileiro no retorno do Baile de Favela

Campeã olímpica brilha no primeiro dia do torneio nacional e volta a se apresentar no solo depois de dez meses. Arthur Zanetti e Caio Souza são destaques no masculino

| GLOBOESPORTE.COM / MARCOS GUERRA


Rebeca Andrade no Brasileiro de ginástica — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Rebeca Andrade foi ovacionada pela Arena de Esportes da Bahia na noite desta quinta-feira. E a campeã olímpica retribuiu o carinho da torcida com um show no primeiro dia do Campeonato Brasileiro, com direito até a Baile de Favela. Depois de 10 meses, a ginasta de 23 anos voltou a apresentar a coreografia do solo que a consagrou nas Olimpíadas de Tóquio. No embalo do funk, Rebeca liderou o individual geral, nas barras assimétricas e por equipes à frente do Flamengo. Ela volta ao ginásio de Lauro de Freitas às 18h30 do sábado para o dia final do torneio nacional.

- Fiquei bem animada por poder voltar a fazer a série para o público de novo. Fiquei animada que eles viram o Baile de Favela, mesmo não sendo minha série mais difícil é muito bom poder voltar e ter essa coisa boa de frio na barriga de novo - disse Rebeca.

O Baile de Favela encantou os fãs baianos, mas ainda não foi completo. Nesse reencontro com o solo, Rebeca não apresentou as acrobacias mais difíceis que treina. Apesar da série "mais simples" - 5,2 de dificuldade -, compensou na boa execução e tirou 13,800 pontos no aparelho. Ficou na segunda colocação do solo no primeiro dia de disputas, apenas um décimo atrás de Flávia Saraiva, que apresentou uma série de 5,6 de dificuldade.

Por ter voltado a apresentar o solo, Rebeca voltou também a uma disputa do individual geral e se colocou bem perto de mais um título nacional. Vice-campeã olímpica da prova, ela somou 56,734 pontos, quase dois a mais que Flavinha (54,900).

Além de liderar no individual geral, Rebeca ficou na primeira posição das barras assimétricas. Atual vice-campeã mundial do aparelho, ela acertou a série e conseguiu 14,600 pontos. Na trave, mesmo simplificando a saída, ficou na segunda posição com 13,867 pontos, um décimo atrás de Andreza Lima.

No salto, em que é campeã olímpica e mundial, Rebeca teve a maior nota: 14,467 pontos com um Yurchenko com dupla pirueta quase cravado. Ela, porém, não entrou para a briga por medalhas do aparelho, que exige dois saltos diferentes.

Zanetti e Caio são destaques no masculino

Na disputa masculina, os medalhistas olímpicos Arthur Zanetti e Arthur Nory também se destacaram. O campeão olímpico das argolas praticamente cravou a série em seu principal aparelho. Só deu um pequeno passo na saída, mas conseguiu 14,750 pontos, a maior nota de todo o primeiro dia do Brasileiro de ginástica e a maior do ginasta de São Caetano do Sul nesta temporada.

Nory também brilhou apostando em uma execução excelente nos seus dois principais aparelhos. No solo, em que foi bronze na Rio 2016, ficou na segunda posição com 14,400 pontos (9,1 de execução), apenas 0,05 atrás de Bernardo Actos. Na barra fixa, em que foi campeão mundial em 2019, ficou na segunda posição com 14,500 pontos, atrás apenas 0,150 de Caio Souza.

Finalista olímpico em Tóquio, Caio liderou o individual geral com 84,600 pontos. O campeão pan-americano conseguiu notas acima de 14 pontos em cinco dos seis aparelhos. Só teve uma queda no cavalo com alças. Além de ter liderado a barra fixa, ficou na primeira posição das barras paralelas (14,700 pontos) e em segundo nas argolas (14,350) e no salto (14,000 de média mesmo com queda no segundo salto).



PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE