Isaquias dá mais um passo para ser o maior atleta da história do Brasil

Com duas medalhas no Mundial de canoagem, baiano completa 10 anos entre os melhores do planeta e tem, pelo menos, mais duas temporadas no auge (a gente torce por mais)

| GLOBOESPORTE.COM / GUILHERME COSTA


Isaquias Queiroz é ouro no C1 500m no Mundial de Canoagem do Canadá — Foto: Fábio Canhete

Os rivais mudam, as raias ficam diferentes, os anos vão passando e uma coisa segue: Isaquias Queiroz no pódio. Na última semana, o baiano conquistou uma medalha de ouro e uma de prata no Campeonato Mundial de canoagem, disputado no Canadá. Assim, ele mantém a escrita de nunca ter voltado de um grande evento, seja Mundial ou Olimpíada, sem medalha. Desde 2013, ele foi ao pódio em dois Jogos Olímpicos (2016 e 2021) e em sete Mundiais (2013/14/15/17/18/19/22).

É difícil cravar quem é o maior atleta da história do esporte olímpico brasileiro. Em termos de medalhas olímpicas é Robert Scheidt, da vela. Se pensarmos em Campeonatos Mundiais de suas modalidades, quem tem mais medalhas é Cesar Cielo, da natação, com19.

Isaquias pode superar Robert Scheidt nas Olimpíadas de Paris, já que o canoísta tem quatro pódios (um ouro, duas pratas e um bronze) e terá duas grandes chances de medalha na França e chegar a seis. O Brasil tem 15 bicampeões olímpicos: Adhemar Ferreira da Silva (atletismo), Torben Grael, Marcelo Ferreira, Robert Scheidt, Martine Grael e Kahena Kunze (vela), Maurício Lima, Giovane Gávio e Sérgio Dutra (voleibol masculino), Fabi Oliveira, Jaqueline Carvalho, Fabiana Claudino, Paula Pequeno, Thaísa Menezes e Sheilla.

O baiano (ainda) não é bicampeão olímpico, mas chegará em Paris com duas boas chances de ouro e pode ter três ouros na carreira. Se pegarmos o total de medalhas até o momento (quatro), ele só fica atrás de Scheidt e Torben, que têm cinco, e está igualado com Serginho (vôlei) e Gustavo Borges (natação).

Se pensarmos em Mundiais, ele tem 14 medalhas no total, contra 19 de Cielo na natação. Entre eles estão ainda Robert Scheidt, Torben Grael e Ana Marcela Cunha.

Aí entra uma questão importante: para atingir o número de Cielo, precisará seguir competindo após as Olimpíadas de Paris, algo que Isaquias ainda não garante que irá fazer. Seria um bom motivo para não se aposentar: buscar esses 19 pódios de Cielo.

Ninguém quer que Isaquias encerre a carreira após as Olimpíadas de Paris. Quer dizer, nenhum brasileiro quer. Os gringos devem estar torcendo para que o baiano se aposente. Porque desde 2013 qualquer prova de canoa tem só dois lugares no pódio em disputa, já que um sempre é de Isaquias.



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