Esportes
Análise: virada do Corinthians pode consolidar transformação no ano
Timão vive momento de transição e, com reforços e retornos, pode virar chavinha em 2022; vitória sobre o Atlético-MG tem mais significados do que os três pontos na tabela
| GLOBOESPORTE.COM / MARCELO BRAGA
Existe um termo chamado "ponto de virada" nos roteiros cinematográficos. É a hora em que algo importante acontece e, a partir dali, a história toma novos rumos.
A trajetória do Corinthians de Vítor Pereira já teve alguns momentos marcantes nestes quase 40 jogos, como a classificação diante do Boca Juniors nas oitavas de final da Libertadores, mas talvez esse atual momento seja realmente um marco de novos rumos na temporada.
É significativo que ele venha com uma virada literal, com os 2 a 1 contra o Atlético-MG, neste domingo, no Mineirão. A primeira das viradas de um time que chegou a dez vitórias em 19 rodadas de Campeonato Brasileiro.
Na virada do turno (alô, editor, olha a palavra se repetindo aí), o Corinthians se mantém na segunda posição na tabela, a quatro pontos do líder Palmeiras e prestes a disputar as quartas de final da Copa do Brasil, diante do Atlético-GO, e também da Libertadores, diante do Flamengo.
E por que esse é um momento decisivo? O novo Corinthians vive várias transformações dentro do seu elenco e aponta sinais de que há boas coisas para serem colhidas daqui para frente.
A caminhada até aqui foi árdua, mas a tendência é de que o time ganhe muito em qualidade com a consolidação dos retornos de Fagner, Willian e Maycon, também com a entrada na equipe de Balbuena, a chegada de Fausto Vera e, em breve, a volta de Renato Augusto.
No meio de uma temporada, está nascendo aí um novo Corinthians.
Um Corinthians que, é bom dizer, ainda não se encontrou. E que mesmo assim, vence.
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Diante do Atlético-MG, Vítor Pereira apostou no 4-3-3 com um meio-campo com Du Queiroz, Maycon e Giuliano. Mas o meia mais ofensivo não vive boa fase e não rendeu bem.
Assim, no intervalo, o meia foi sacado e o time voltou a ter um ataque móvel com Róger Guedes e Yuri Alberto, como no jogo contra o Coritiba. Um 4-4-2 um pouco mais tipificado.
Trata-se de uma ideia que deixa o time mais móvel e mais perigoso em termos de finalização. Em Belo Horizonte, a dupla só ficou junta por 20 minutinhos, já que depois o técnico fez outras trocas, apostando em Mosquito e Roni para ganhar juventude e fôlego. Depois, entrou Giovane.
Mas ao mesmo tempo em que as projeções são positivas para a reta final da temporada, trata-se do Corinthians. E isso significa que possíveis eliminações nos torneios de mata-mata podem causar turbulências no CT Joaquim Grava. Culturalmente, é assim que tem funcionado.
Vítor Pereira já disse que o Timão não tem fôlego para brigar pelo título das três competições. Basta olhar os concorrentes e entender o grau de dificuldade de um desafio deste tamanho.
Mas, com reforços e retornos do departamento médico, é possível acreditar que esse time possa de fato brigar por ao menos um deles numa temporada tão complexa. Seria uma virada e tanto.
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